CADEIRA 09

PATRONO:Fábricio de Moraes

MEMBRO FUNDADOR- Aline Freitas

Biografia

 


     
 

ALINE FREITAS PIAUILINO nasceu na cidade de Bacabal no dia 13 de abril de 1983, primogênita do casal Alice Áurea Melo Freitas e Augusto Santos Piauilino. Aos dois anos, mudou-se com a família para a capital São Luis-MA, onde permaneceu por dez anos. Exerceu atividades de docência básica em escolas de Imperatriz-MA e Bacabal-MA. Poetisa, contista, cronista e romancista, é escritora acadêmica imortal da Academia Bacabalense de Letras onde exerceu dois mandatos de Secretária Geral. É Redatora, diagramadora, revisora, colunista e fanzinista, na equipe de comunicação e  jornalismo impresso do Jornal O Folha, onde, além de produzir matérias diversas, assina e mantém a coluna “Saúde e Bem Estar”. Artista plástica com desenvoltura em diversos estilos de pintura, cria quadros com temáticas ecléticas  e retratos para coleções particulares. Desenhista detalhista, Aline Freitas é ilustradora, cartunista e caricaturista, ilustra obras literárias entre as quais inclue-se a recentemente lançada: Crônicas de Menino de autoria do escritor Marcos F. Matos – além de livros, imprime seus traços distintos de estilo leve e de expressões vivas a jornais, revistas e outros. É produtora e co-criadora do fanzine “Folhinha” publicado mensalmente no Jornal O Folha, havendo também colaborado por muito tempo com o encarte Galera do Jornal O Estado do Maranhão, com  produção de fanzines e matérias diversas.

ALGUMAS OBRAS

SUSSURROS...

 

I

 

Sei de sussurros de vento e segredos de brisa,

O que meus olhos profundos, escondem à guisa

Dos insondáveis mistérios da alma humana.

 

Colho as rosas desfolhadas, uma a uma,

Dos jardins abandonados da minha vida

Sei de mim o que dá gosto à tristeza

 

E o que de longe a longe tinge a alegria

De um tom roxo eterno que balsamiza

Cá este lírio de dores que em meu canto se eterniza.

 

II

 

                        (...)

 

Minha eterna distração de viver

É tão frágil quanto a nívea e lânguida

Flor de jambo pluripétala.

Corada de tons róseos profundos

Eivada de uma insipidez malvada

De versos inatingíveis e mudos  

A desmanchar-se agulha a agulha

Pelas intermináveis manhãs de verão.

 

 

III

 

 

Não é de alegria que meu capembe coração

Bate dentro da torácica,

Não é de perturbação profunda

Que manqueja, cai e levanta,

Nem mesmo de distração ou engano da vida.

É de insipidez intrigante,

De não saber o que faz

E de perder-se em tentar descobrir

O que há de vir

O que se passou

O que se passa.

Sei que... tempo haverá

Que nada poderei fazer

Ele vai contorcer-se

E, eu e ele, a guisa de Romeu e Julieta,

Morreremos juntos,

Buscaremos as violetas veludosas

Em plagas inalcançáveis

Indescritíveis...

E repousaremos na especulação dos viventes.

 

 

 

IV

 

São plagas vestas

Verdes, mas tristes estas

Que passeiam meus olhos

Pesados e vagos de abrolhos

 

Se são de negrume

De mágoa e chorume

Só o dirá meus versos

Triste murmurar avessos

 

Ao que tanto canta o campo

A luz do tapete alegre das flores,

Evola sempre de mim acalantos de dores

Que faz ser triste o mais inocente acalanto.

 

 

 

V

 

Não são de contentamento esses risos

Nem de fingimento e improvisos,

São de pena profunda pela brandura

Das coisas que ora tentam espantar minha amargura.